segunda-feira, 28 de setembro de 2009

sem título


Deusa de Ébano
Rainha de meu coração
Momentos sofridos ou vividos?
Instantes de paixão

Anos se passaram
Em frente a um espelho de ilusão
Quero acreditar em uma vida absoluta
Num lugar sem disputa
Disputa de interesse e raiva
Horas de incerteza e indecisão

Amor
Vida eterna e sem dor
E a cada fração dos teus carinhos
Pensamentos voam como instintos
Em toques suaves e delicados
O coração a milhão e ao mesmo tempo mas parado

Como viver um grande amor sem sofrer
Não e fácil simplesmente te esquecer
Anos de convivência não são fáceis de compreender
O que nos falta apenas
E prova um para o outro
Que o amor dentro de ti é aquele
mesmo que ainda faz meu coração bater.

autoria: Daniel Vanzuita Pereira

sósias da solidão



Em pensar que somos feitos
De pura ambição
Buscando inutilmente a essência
Desse nosso labutar

Em pensar que nossos corações
só batem na intenção
de frias lutas enfrentar
Por isso sofrem, sofrem..

Em pensar que nossas canções
estão mais tristes,
Pois querendo nos alegrar,
Ao se tornarem verdadeiras,
Lembram as nossas angústias

Em pensar que nosso arco-íris
Perde as cores quando olhamos
O firmamento com essa descrença
Ou nos sentimos impotentes
Ante as desgraças de nosso tempo

Dá até pra chorar..

sábado, 26 de setembro de 2009

Mayonaise

Mayonaise
Smashing Pumpkins

Fool enough to almost be it
Cool enough to not quite see it
Doomed
Pick your pockets full of sorrow
And run away with me tomorrow
June

We'll try and ease the pain
But somehow we'll feel the same
Well, no one knows
Where our secrets go

I send a heart to all my dearies
When your life is so, so dreary
Dream
I'm rumored to the straight and narrow
While the harlots of my perils
Scream

And I fail
But when I can, I will
Try to understand
That when I can, I will

Mother weep the years I'm missing
All our time can't be given
Back
Shut my mouth and strike the demons
That cursed you and your reasons
Out of hand and out of season
Out of love and out of feeling
So bad

When I can, I will
Words defy the plan
When I can, I will

Fool enough to almost be it
And cool enough to not quite see it
And old enough to always feel this
Always old, I'll always feel this

No more promise no more sorrow
No longer will I follow
Can anybody hear me
I just want to be me
When I can, I will
Try to understand
That when I can, I will


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Handle With Care

I'm so tired of being lonely
I still have some love to give



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pessoas.

Você é garçonete e eu sou cliente, você é motorista e eu sou passageiro, você é pedestre e eu sou ciclista, você é bibliotecário e eu sou leitor, você é uma coisa eu sou outra coisa.
E neste momento de fazer/ser assumimos posturas, gestos, falas e interpretamos alguém diferente a cada instante.
Fomos treinados para isso. Treinados para andar de bicicleta, subir no ónibus e pagar passagem, vestir a roupa adequada para cada ocasião.
Se não fosse assim estaríamos perdidos num mundo estranho. O que fazer neste local cheio de livros? Posso pegar da prateleira? Tenho que pedir para aquele senhor atrás da escrivaninha.
Cada detalhe é aprendido, regras assimiladas através de um mentor ou de imitação.
É tanto detalhe no dia a dia para sermos a cada momento alguma coisa, que quando o ser social se aposenta, fica feliz que agora pode relaxar e descansar. Mas neste momento ele tem que deixar de imitar, de interpretar, para ser ele.
Você, neste momento não é mais estudante, fiscal, engenheiro, médico. É somente você, senhor Rodrigo, senhora Maria, Senhor Eduardo.
Neste momento vem o susto, mais um velho. Não é ninguém. Pois na vida inteira alimentou a fantasia do jaleco, do guarda-pó, do uniforme. Da fantasia que trazia o sustento necessario da continuidade da fantasia da família.
Agora tem construir a tua identidade, ou relembrar as interpretações passadas. Que se ninguém escrever, filmar, gravar, vai morrer contigo em algumas lembranças perdidas.
Doutor, capitão, mestre, titular. Alguns preferem morrer exercendo a profissão. Medo da aposentadoria.
Então futuro engenheiro. Que entra no onibus e finge que não ve os outros, afinal, são meros passageiros entre 150 apertados naquela lata conduzido por um motorista como todos os motoristas. Olhe para as pessoas. Descubra que não são meros passageiros. Cada um é rico, tem sua história, porta um nome que identifica o perigo e a solução, o amigo e o indiferente.
Não são pedestres a nossa volta. Banalizamos por defesa, já tem tantas regras para decorar. Agora pessoas?
Numa capital passam por você 3985 pessoas numa caminhada de 10 quadras. Não é exatamente este numero, num dia de final de copa com jogo do Brasil é capaz de cruzar apenas com 5 no mesmo trajeto.
Nosso cérebro cabe numa tigela. Não temos tanta capacidade de valorizar tanta gente. Mas isso não é desculpa para sorrir para quem está na tua frente. De aprender sobre si e sobre o outro.
Essa essência tem mais valor que a máscara mundana que faz que você despreze o gari, o lixeiro, o motoqueiro da pizza, a tia que limpa o banheiro. Pois a máscara deles é mais humilde.
Então cabeça de tigela. Acorde, que atrás dessa vestimenta de teatro, todos temos uma essência que não deve ser esquecida e que precisa ser estimulada. O mundo é mais que máquinas, perfumes, tom de voz autoritário e palavras bonitas e seres humanos.
Tanto para ver, tanto para sentir, para participar com os outros. Quando perceber isso pode pensar que é tarde demais. Cansado para continuar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

venenos

Há venenos tão sutis que, para conhecê-los, cumpre experimentá-los.
Há males tão estranhos que, para lhes entender a natureza , é preciso contraí-los.

oscar wilde - fragmentos

domingo, 13 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Acrobata da dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurso, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
Salta, gavroche salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta...

Pedem-te bis e um bis não se despreza!
Vamos! reteza os músculos, reteza
nessas macabras piruetas d'aço...

E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, trístissimo palhaço.

Cruz e Sousa
Literatura Comentada.

sobre a sabedoria

A sabedoria exorta à prudência com citações do livro da covardia , cujo autor se disfarça sob o nome de senso comum.

Consciência e covardia são na verdade , a mesma coisa.


Oscar Wilde - Fragmentos

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

janela sobre uma mulher

i

Essa mulher é uma casa secreta.
Em seus cantos, guarda vozes e esconde fantasmas.
Na noite de inverno, jorra fumaça.
Quem entra nela, dizem, não sai nunca mais.
Eu atravesso o fosso profundo que a rodeia.
Nessa casa serei habitado. Nela me espera o vinho que me beberá.
Muito suavemente bato na porta, e espero.

Eduardo Galeano

domingo, 6 de setembro de 2009

wonderwall

A bruxa - trecho

(...)
estou sozinho no quarto
estou sozinho na América.

Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida a meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz.

(...)

E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?



Carlos Drummond de Andrade

sábado, 5 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

tonight



Time is never time at all
You can never ever leave without leaving a piece of youth
And our lives are forever changed
We will never be the same
The more you change the less you feel

Believe, believe in me, believe
Believe that life can change
That you’re not stuck in vain
We’re not the same, we’re different tonight
Tonight, so bright
Tonight

And you know you’re never sure
But you’re sure you could be right
If you held yourself up to the light
And the embers never fade in your city by the lake
The place where you were born

Believe, believe in me, believe
Believe in the resolute urgency of now
And if you believe there’s not a chance tonight
Tonight, so bright
Tonight

We’ll crucify the insincere tonight
We’ll make things right, we’ll feel it all tonight
We’ll find a way to offer up the night tonight
The indescribable moments of your life tonight
The impossible is possible tonight
Believe in me as I believe in you...
Tonight