segunda-feira, 29 de junho de 2009

cancao de nuvem e vento

Medo da nuvem
Medo Medo
Medo da nuvem que vai crescendo
Que vai se abrindo
Que nao sabe
O que vai saindo
Medo da nuvem Nuvem Nuvem
Medo do vento
Medo Medo
Medo do vento que vai ventando
Que vai falando
que nao se sabe
O que vai dizendo
Medo do vento Vento Vento
Medo do gesto
Mudo
Medo da fala
Surda
Que vai movendo
Que vai dizendo
Que nao sabe..
Que bem se sabe
Que tudo e nuvem que tudo e vento
Nuvem e vento Vento Vento

Mario Quintana

uma chance...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como so ia.
Luís de Camões

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

(CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

terça-feira, 23 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

A love so beautiful

"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são."

Friedrich Nietzsche


sexta-feira, 5 de junho de 2009

Hava Nagila Hava de uma forma dançante.

Vamos dançar, festejar.

Hava Nagila (הבה נגילה em hebraico) is é uma canção folclórica hebraica cujo título significa Alegremo-nos. É uma música de celebração, especialmente popular entre os judeus e os ciganos, e é muito executada por bandas em festivais judaicos.

A melodia foi inspirada numa canção folclórica ucraniana da região da Bucovina. O texto comumente usado foi provavelmente composto por Abraham Zevi Idelsohn em 1918 para celebrar a vitória inglesa na Palestina durante a Primeira Guerra Mundial, bem como da Declaração de Balfour.

A tradução, pronúncia do título e lírica variam pelo mundo afora.


Hava Nagila

A Alessandra que foi soprano, sendo definida como Soprano Spinto pelo maestro Ênio Linhares Lima. Atualmente o Ênio trabalha como piloto de jatinho comercial indo para os interiores do Brasil. Ele me disse que virou caminhoneiro do ar.
Não chegamos a cantar essa música, mas a diversidade cultural do coral era tão grande que se chegasse a nossas mãos é bem provável que faria parte do nosso repertório.
É uma música tradicional judaica que já tem uns 90 anos e é muito popular:

Hava nagila,
Hava nagila,
Hava nagila,
Ve’ nismecha.


Hava nagila,
Hava nagila,
Hava nagila,
Ve’ nismecha.


Hava neranena,
Hava neranena,
Hava neranena,
Ve’ nismecha.


Hava neranena,
Hava neranena,
Hava neranena,
Ve’ nismecha.


Uru, uru achim,
Uru achim belev sameach,
Uru achim belev sameach,
Uru achim belev sameach,
Uru achim
Uru achim
Belev sameach.

solilóquio


Em desabono
neste outono,
inevitavelmente
questiono,
nesta altura
do campeonato
o que ficou.
Apesar dos pesares.
acho que
tenho um tempo
pra te dar.
Uma expressão
em meu olhar .
Um caos
e um resto de domingo.


(Maxi Minimum)

a vida segue..


A vida
grande engrenagem de dentes
em sua passagem
terá pelo horizonte obscuro
um monte de gente em cima do muro
A vida
Faz renascer
um sol sujo
atrás de latas de lixo..

(Maxi Minimun)

Amanhã Inexistente

Tudo o que passa
em sua mente
É poeira no vento se você
não sente
Com a cabeça no futuro
seu presente é ilusão
Afinal de contas, sua
vida existe ou não?

(MARL) 14-02-92

Te olhar


Te olhar é um mistério
é demais
é bem mais sério
Suas mãos são um tesouro
gestos ricos em palavras
revestidas de certeza
e movimentos..
Musicando o tempo, o espaço..
De olho na essência, nestes breves momentos
à socapa, dilacerando o pensamento
cresce atormentada a fantasia
agarrada às pedras do novo rio
ocultando admiração
à mão dita, felina
tesouro de um só homem..

(Maxi Minimum) junho-1992

Lembrança


Chegou...
Sem anunciar-se
Trazendo uma história
Na voz meiga..
Chegou de surpresa
E pegou-me desprevenida..
Enlaçou-me e,
em mornos beijos me vi,
Sem medos
Entregue a chama que queimava
Na posse absoluta
Com gosto suave e doce...
O que sobrou?
Não sei
Mas em mim há saudade...
O murmúrio triste da lembrança sua.
Que, tão rápido como chegou, se foi..
Espero que para sempre!

(Maxi Minimum) junho-1991

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Faça da minha face.
O que achar mais fácil.
Beije-me se quiser.
Minha face é fácil.
Curta com minha face,
Minha cara.

(Flávio Jacobsen)

terça-feira, 2 de junho de 2009

O TEATRO MÁGICO

'Eu não sei na verdade quem eu sou'


Eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...
Por que a gente é desse jeito
criando conceito pra tudo que restou?

Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!

Mas eu não sei na verdade quem eu sou!
Já tentei calcular o meu valor.
E sempre encontro o sorriso e o meu paraíso é onde estou
Eu não sei na verdade quem eu sou!

Perguntar de onde veio a vida,
por onde entrei deve haver uma saída,
e tudo fica sustentado pela fé!
Na verdade ninguém sabe o que é!

Velhinhos são crianças nascidas faz tempo!
Com água e farinha eu colo figurinha e foto em documento!
Escola é onde a gente aprende palavrão...
Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração!

Mas eu não sei na verdade quem eu sou.
Já tentei calcular o meu valor,
E sempre encontro o sorriso e o meu paraíso é onde estou!
Eu não sei na verdade quem eu sou!

Percebi que a cada minuto
Tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto
Tem louco pulando o muro, tem corpo pegando doença
Tem gente trepando no escuro, tem gente sentindo ausência!

Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!

Eu não sei na verdade quem eu sou,
Já tentei calcular o meu valor,
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...
Eu não sei na verdade quem eu sou.

imagem é tudo

" O general , dir-se- ia que falando com autoridade, sempre insistiu que, se você cultiva corretamente seu mito pessoal, pouco mais importa na vida. O substancial não é o que acontece com as pessoas, mas o que elas pensam que lhes acontece."

-Anthony Powell, Books do Furnish a Room

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A BALADA DA PRISÃO DE READING

"Contudo os homens matam o que amam
Seja por todos isso ouvido,
Alguns o fazem com acerbo olhar,
Outros fazem de lisonja,O covarde assasina com um beijo,
O bravo com punhal!
Uns matam seu amor, quando são jovens,
Outros quando velhos estão;
Com as mãos do desejo uns estrangulam
Outros do Ouro com as mãos;
Os de mais compaixão usam a faca,
O morto assim logo se esfria.
Uns amam pouco tempo, outros demais;
este amor compra ;aquele que vende;
Uns matam a chorar , com muitas lágrimas,
Outros sem mesmo suspirar:
Porque cada um mata o que ama,Mas nem todos hão de morrer."

Por trás da deselegância

Há sempre um pouco de maldade na deselegância. Maldade do espírito, maldade da carne ou má vontade, apenas. A deselegância não é obrigatoriamente vil, é desleixada, descuidada, mas estraga. Não há necessariamente um interesse vil na deselegância, mas o impacto dela é como um vilipêndio aos que se mantêm dispostos. A deselegância não mede esforços, ela é natural, como erva daninha, brota em solo seco, úmido, pisado ou bem passado. A deselegância é desanimadora, não ao deselegante, mas ou deselegantado (que palavra mais deselegante), faz ruir com ela qualquer possibilidade de apreciação, lapidação, contemplação e absorção.
A deselegância não quer formar bloco, partido ou movimento. Não quer patrulha, e não quer querer. A deselegância é simples, como um espirro. A deselegância não se sabe deselegante, não se vê diferente, mas aponta tudo quanto é trabalhado como rebusque afetado do ócio polpudo. A deselegância não se vê diferente, mas inveja tudo quanto soe refinado padrão, ou patrão. A deselegância não fede, nem cheira bem. A deselegância não negocia, nem volta atrás. A deselegância não mede palavra, nem safanão. A deselegância não tem vergonha, nem coração. Não vê borboleta, só avião. A deselegância não é burguesa, pequena, ou pobretona. A deselegância é mais simples. É despreocupação. O deselegante não passa nervoso, nem depressão. Tem colesterol, hemorróida, frieira, e constipação. O deselegante não sabe de nada, mas de tudo versa, e conversa, como ninguém.

Efemeridades

" A memória é o diário perfeito para tudo o que os dias trazem... Escrever, é a unica forma que tenho de não esquecer tudo aquilo que poderia acontecer..."