quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Poema
Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Nascedouro
Abrindo os olhos pra tudo que brilha, tudo que brilha
Mas nem só de ouro, nem só de ouro
Acende a vida e inicia o grande drama
Apressado e sem ensaio
Sangrando uma vez por dia e nascendo de novo
Aprendendo no jogo
E ainda digo que
Que nem só de ouro, nem só de ouro
É preciso pra viver
Ladeira descendo e ainda dizer
Quem não vai torcer
Pro coração bater
Dá-lhe viver!
Dá-lhe viver!
Nação Zumbi
Mas nem só de ouro, nem só de ouro
Acende a vida e inicia o grande drama
Apressado e sem ensaio
Sangrando uma vez por dia e nascendo de novo
Aprendendo no jogo
E ainda digo que
Que nem só de ouro, nem só de ouro
É preciso pra viver
Ladeira descendo e ainda dizer
Quem não vai torcer
Pro coração bater
Dá-lhe viver!
Dá-lhe viver!
Nação Zumbi
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Pedaço de Mim
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor...
Chico Buarque
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor...
Chico Buarque
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
sorria
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Matinal
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